Robôs agricultores
Robôs fazendeiros, robôs agricultores, ou simplesmente agrobots
Mas eles respondem mais facilmente a sinais infravermelhos, comandos a laserou conexões wireless.
E,
a
depender
dos
projetistas,
logo
não será necessário nem mesmo dirigir-se a eles.
Sistemas
de inteligência
artificial e
sensoriamento
do
ambiente
pretendem
transformar
os
robôs
em
agricultores
autônomos,
funcionando
24
horas
por
dia.
O
esforço
para
a criação de
agrobots
é
mundial.O impulso é mais forte no Japão, país que produz apenas 40% dos alimentos que consome.
Com
o envelhecimento da população, e uma menor disponibilidade de
mão-de-obra para trabalhos braçais, o governo está investindo nos
robôs, com os quais pretende que o país produza pelo menos metade
de sua necessidade de alimentos na próxima década.
O
HortiBot, desenvolvido na Universidade de Aarhus, na Dinamarca, marca
a transição dos tratores automatizados para os robôs autônomos.
[Imagem: Aarhus University]
Comportamentos
complexos
Os
Estados Unidos, com suas enormes plantações já altamente
mecanizadas também estão apostando alto no conceito de robôs
fazendeiros.
David
Dorhout e seus colegas da indústria já estão com seu robô
Prospero em estado avançado de desenvolvimento.
Dorhout
é entomologista, o que significa que seus robôs imitam o
comportamento dos insetos para trabalhar em conjunto.
Quando
uma formiga encontra uma fonte de alimento, ela libera um feromônio
para atrair suas companheiras.
De
forma similar, o robô usa LEDs infravermelhos para emitir sinais e
pedir ajuda, o qual pode ter um nível mais elevado do que a tarefa
que os demais robôs espalhados pelo campo estão realizando naquele
momento.
"Não
há memória de longo prazo, não há comando centralizado e nem
central de controle. Os robôs simplesmente seguem regras simples,
por meio das quais emergem comportamentos complexos," explica
ele.
A
ideia de Dorhout, por enquanto, não é substituir os agricultores,
mas prover-lhes servos prontos a atender e fazer o trabalho pesado:
"O fazendeiro é como um pastor, que dá instruções aos
robôs".
Seus
primeiros protótipos são capazes apenas de plantar sementes, mas a
ideia é torná-los capazes de plantar mudas, cortar ervas daninhas,
aplicar fertilizantes e colher.
O
BoniRob usa um sistema de aplicação de defensivos agrícolas
similar ao mecanismo de uma impressora jato-de-tinta. Imagem: Arno
Ruckelshausen
Economia
da robótica
As
ideias são ótimas, mas os desafios são gigantescos.
Apesar
dos avanços dos sistemas de visão artificial, tornar um robô capaz
de separar entre a planta que está sendo cultivada e uma erva
daninha, nas condições totalmente aleatórias do campo, está longe
de ser uma tarefa solucionada.
Mas
será uma solução que se pagará rapidamente.
Arno
Ruckelshausen, da Universidade de Osnabruck, na Alemanha, equipou seu
robô BoniRob com um sistema copiado de uma impressora jato de tinta
que despeja quantidades mínimas de agrotóxicos apenas nas folhas
das ervas daninhas.
Segundo
ele, isso poderá reduzir os gastos com defensivos agrícolas em até
80%. E números semelhantes podem ser alcançados para os
fertilizantes.
E
os fazendeiros, estarão dispostos a pagar o preço de uma tecnologia
que não deverá estrear barata no mercado?
"Quando
nós começamos a falar em robôs na agricultura, em meados dos anos
1990, os fazendeiros ficaram céticos e deram risadas. Mas quando nós
demonstramos um colhedor de pepinos, eles nos perguntaram se poderiam
comprar um já," responde Eldert van Henten, da Universidade
Wageningen, na Holanda.